segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dirigentes do CSA não se entendem e voltam a trocar acusações

Jorge VI coloca cargo à disposição e Cícero Eugênio sugere renúncia coletiva

Por Futebol Alagoano

O racha existente dentro da diretoria do CSA está cada dia mais evidente. Nesta segunda-feira, declarações e acusações de dirigentes azulinos marcaram o ambiente do Mutange. O primeiro a se manifestar foi o presidente do clube, Jorge VI, que, em entrevista na Rádio Difusora, colocou até o cargo à disposição. Outro que desabafou foi o vice-presidente de Futebol Profissional, Cícero Eugênio, que sugeriu uma renúncia coletiva de todos os integrantes da direção.


As desavenças no CSA não são novidade e já algum tempo era como uma bomba prestes a explodir, como foi noticiado, inclusive, em matéria do jornal Gazeta de Alagoas e pelo portal Futebolalagoano.com, em dezembro do ano passado, dando conta do tal racha entre os dirigentes do Azulão, quando o então diretor de Marketing do clube, Jurandyr de Lima, falou que no CSA existiam "dirigentes virtuais" que quase não apareciam no Mutange.

Em sua declaração, o presidente Jorge VI disse que está magoado com insinuações de alguns azulinos e criticou o Conselho Deliberativo, que, segundo ele, não chega junto para ajudar. "Não sentimos a presença do Conselho Deliberativo como um todo. Apenas dez ajudam e o presidente, Lumário Rodrigues", afirmou o dirigente.

E ainda: "Se alguém acha que eu sou o problema dentro do CSA, então vá para lá e assuma o clube. Coloco o cargo à disposição se aparecer alguém que queira assumir de verdade. Sou presidente legalmente, até outubro, mas não tenho apego ao cargo".

Sexto voltou a criticar os torcedores que, de acordo com ele, ficam xingando o time e a diretoria, sobretudo ele, pela internet. O dirigente não poupou, também o ex-presidente da Mancha Azul, torcedor e conselheiro Marcelo Rocha. "Tem gente que tem muito tempo para ficar fogueteando na internet, mas não se dispõe a gastar o tempo indo ao Mutange para nos ajudar. E o Marcelo é a principal ave de agouro do clube", disparou Jorge VI.

Renúncia

Por outro lado, que também abriu a boca, em meio a esse turbilhão de acusações, foi o vice de Futebol, Cícero Eugênio. Em entrevista coletiva, hoje no início da tarde, ele sugeriu que todos os dirigentes renunciem. "Não vou isentar a minha culpa, mas não vou assumir a culpa sozinho. Quero que os culpados assumam e falem que o CSA não tem estrutura financeira. E eles sabem disso porque desde o começo da pré-temporada eu vinha alertando. Na época, a gente perdeu os jogadores do Murici que estavam emprestados ao CSA porque o clube não tinha dinheiro nem para cobrir a proposta do Murici".

Eugênio disse que até para comprar comida no clube era tipo "um Deus nos acuda!". "A gente sugeriu que fossem arrecadados R$ 100 entre os vices e não conseguimos nem isso", lamentou. E prosseguiu: "Alguns vice-presidentes, mesmo sabendo da situação financeira do clube, fizeram uma nota interna pedindo a saída do técnico Lino. Isso que agravou a situação do CSA, pois o conjunto foi quebrado. Se era para o Lino sair deveria ter saído antes do início da pré-temporada".

Ainda de acordo com o dirigente, a partir de então, tais vices que pediram a cabeça do treinador, cujos nomes ele citou como sendo Luciano Sampaio, Gustavo Dacal, Hugo Moura, Marcondes Alberto, Marcelo Bibiano, Max Mendes e Luiz Gutemberg, passaram a interferir nas contratações. "Esses vices passaram a contratar e a demitir os jogadores", alfinetou Eugênio, acrescentando: "Somos todos culpados e eu também, por ter ficado calado, não ter dito o que estava acontecendo na realidade, dentro do CSA, desde o início da pré-temporada".

Em entrevista à Rádio Gazeta e em entrevista à Rádio Jornal, os vices Gustavo Dacal e Luciano Sampaio, respectivamente jurídico e administrativo do clube, desmentiram as declarações de Cícero Eugênio. O portal Futebolalagoano.com tentou ouvir os dois dirigentes, mas não conseguiu contato, pois as ligações para os seus celulares não foram atendidas.

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